O emprego das estruturas em nuvem gerou possibilidades novas de negócios e a facilitação de uso de tecnologia por meio do pagamento de serviços. Os serviços vão desde e-mails, sites, sistemas de monitoramento, plataformas de desenvolvimento, aplicações, armazenamento entre os inúmeros serviços atualmente disponíveis.
Em outros momentos, para que houvesse uma plataforma ou um serviço com o uso de tecnologia, o investimento (capex, barreira de entrada) era um montante considerável, desde a infraestrutura com hardware, datacenter e softwares, assim como a contratação de especialistas. Entretanto, com a difusão de banda larga, com a mobilidade e a orquestração de serviços, proporcionaram a diminuição da barreira por meio da Cloud Computing ou computação em nuvem.
Existem os tipos de computação em nuvem, estas são: públicas, privadas e as híbridas. O modelo de contratação na computação em nuvem é via pagamento por uso ou mensal dos serviços. A facilidade do uso gerou a terceirização da TI, sendo assim também de “responsabilidades”, porém se criou empiricamente uma percepção de segurança, tal como destacada em frases como: com a Cloud eu não preciso mais administrar e estou seguro!
Dentro deste contexto, a análise dos tipos de Cloud se torna um item importante para a avaliação se realmente o emprego da Cloud cria mais “segurança”. Tipos de Nuvens:
- Nuvem pública: consiste na disponibilização, via Internet pública, de serviços computacionais fornecido por provedores — Amazon Web Services e Microsoft Azure, por exemplo. As nuvens públicas compartilham os seus serviços por meio de painéis automatizados.
- Nuvem híbrida é o conjunto integrado de ambientes privados conectados com o ambiente em nuvem pública.
- IaaS (Infrastructure as a Service) infraestrutura como serviço: estrutura em nuvem que disponibiliza recursos de hardware e sistemas operacionais, ou seja, adquire-se uma infraestrutura remota, cuja capacidade de armazenamento, memória, processamento, tráfego de dados e tudo que está relacionado à infraestrutura é definida pelo contratante.
- PaaS (Platform as a Service) plataforma como serviço: tecnologias que gerenciam e/ou desenvolverem os programas ou mesmo modelos de negócios.
- SaaS (Software as a Service) software como serviço: um conjunto de softwares são disponibilizados para que haja uso dos usuários, um exemplo clássico são os serviços de e-mail em cloud, como Gmail, Outlook etc.
Os serviços possuem atividades que são relacionados com os tipos de Cloud contratadas, dentre elas temos:
- Dados e Informações
- Dispositivos (PC, Celulares etc.)
- Identidade, senhas, usuários etc.
- Identificação, inventário, sistemas de arquivos, permissões;
- Aplicações
- Controle de Redes
- Sistemas operacionais
- Banco de dados
- Host (Hardware) físico
- Rede Física (Firewall, Switch, Roteadores etc.)
- Datacenter
Nos casos da contratação de IaaS os clientes recebem os benefícios de não investimento em ambientes operacionais, todavia, é de sua responsabilidade a manutenção dos controles administrativos e de segurança das informações.
Já no caso do uso das plataformas (PaaS) e serviços em Nuvem (SaaS), grande parte do modelo de segurança é transferido em especial a manutenção de Sistemas Operacionais, Banco de Dados, Aplicações e ambiente produtivo. No entanto, as empresas acabam deixando de lado os controles de seus usuários e senhas, por exemplo, tendo assim um grande risco para ataques direcionados. Outrossim, há o uso dos dados e informações, que são de responsabilidade dos clientes (empresas), quando há um vazamento, via de regra, pensa-se que estando em uma nuvem esses dados, em tese, estão protegidos, de certa forma sim, todavia, sem o controle de acesso, os mesmos poderão sim ser acessados por alguém não autorizado.
Na figura 01, ilustra-se as responsabilidades e esta ratifica a necessidade de entendimento das responsabilidades dos provedores de Cloud e dos Clientes, respectivamente.
Por fim, o uso da Nuvem é algo importante e fundamental para os negócios, mas que as responsabilidades pela segurança da informação sejam notadas e empregadas como parte das melhores práticas, juntamente com a aplicação de políticas de segurança. Em suma: sugere-se que não seja “terceirizada” as responsabilidades acerca da segurança da informação, ou melhor, o uso da Cloud não irá proteger completamente o seu negócio!
Andrey Guedes Oliveira (especialista em segurança da informação)
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